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“A gente briga por bobagem... ou será que não?”: Entenda a comunicação emocional nos relacionamentos

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Já discutiu por causa da louça suja e depois percebeu que o problema não era a louça?

Todo casal, família ou amizade de longa data já passou por isso: a briga começa por um motivo pequeno (“você não lavou a louça”, “demorou pra responder a mensagem”, “não guardou o carregador”) mas, no fundo, o que dói não é o prato, o tempo ou o carregador. É a sensação de não ser visto(a), ouvido(a) ou valorizado(a).


Comunicação emocional: o que é isso?

A maioria das pessoas aprendeu a comunicar o que pensa, mas não o que sente. Exemplo clássico:

  • O que você diz: "Você nunca ajuda em casa."

  • O que está sentindo: "Eu estou sobrecarregado(a) e queria dividir isso com você."

Na prática, expressamos reclamações quando o que queremos é acolhimento.


O que acontece no cérebro durante uma briga?

Durante um conflito, o cérebro ativa a amígdala, responsável pela resposta emocional rápida (fuga, luta ou congelamento). O problema? A amígdala não sabe negociar. Ela só quer se proteger.

A parte responsável por analisar e conversar racionalmente, o córtex pré-frontal, só entra em ação quando você pausa, respira e reflete.

Por isso que no calor da discussão tudo parece mais grave do que realmente é.


E o humor nisso tudo?

Vamos combinar: ninguém acorda querendo brigar por conta do tapete torto ou do “tom” da mensagem no WhatsApp. Mas quando a emoção acumula e a comunicação trava, até isso vira guerra.

O humor pode ser um ótimo regulador emocional:

  • Um sorriso no meio da tensão quebra defesas

  • Uma frase leve pode desarmar a crítica

  • Um “tá vendo como a gente tá exagerando?” pode reconectar

Claro: humor saudável, que acolhe e não diminui o sentimento do outro.


Como começar a mudar essa dinâmica?

Experimente em três passos simples:

  1. Pause: Respire fundo antes de responder automaticamente

  2. Traduza: Pergunte-se: “O que eu realmente estou sentindo?”

  3. Comunique: Fale sobre sua emoção, não sobre o erro do outro


Exemplo: Ao invés de "Você não liga pra mim", tente "Eu fiquei chateado(a) porque senti falta da sua atenção hoje."


Psicoterapia: um laboratório seguro pra treinar essa comunicação

Na terapia, você aprende a identificar suas emoções e expressá-las sem precisar atacar ou se calar. É onde você treina conversar pra ser compreendido, não pra vencer uma discussão.


Se esse texto te lembrou alguma situação sua, talvez seja hora de aprender a falar de sentimento com mais clareza e menos gritos. Quando quiser, estou por aqui.

 
 
 

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