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O que é luto? (E por que não é só sobre morte)

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Quando falamos em luto, a maioria das pessoas pensa apenas na perda de alguém querido. Mas luto é um processo emocional que acontece sempre que vivemos uma perda significativa. Pode ser uma pessoa, mas também:

  • Um relacionamento que terminou

  • Uma amizade que se desfez

  • Um emprego que acabou

  • A perda da saúde ou da autonomia

  • A quebra de expectativas (“a vida não saiu como eu planejei”)

O luto é a forma como nossa psiquê (mente) tenta reorganizar tudo depois que o mundo, do jeito que a gente conhecia, deixou de existir.


Os diferentes tipos de luto (não é tudo igual!)


  1. Luto por morte

O mais conhecido, vivido após a perda de alguém querido. Envolve dor emocional profunda, sensação de vazio e, muitas vezes, reestruturação de rotina e identidade.


  1. Luto simbólico

Quando o que se perde não é uma pessoa, mas algo importante:

  • Uma fase da vida

  • Um projeto que não se concretizou

  • Uma possibilidade que se perdeu

  • Uma relação que fracassou


  1. Luto antecipatório

O luto que começa antes da perda acontecer, muito comum em casos de doenças graves ou diagnósticos irreversíveis. O sofrimento é misturado ao medo do futuro.


  1. Luto invisível ou não reconhecido

Quando a sociedade ou as pessoas próximas não validam a sua dor: fim de relacionamentos breves, perda de um animal, perda de um sonho pessoal.


Os 5 estágios do luto (Elisabeth Kübler-Ross)

Importante: não é uma receita de bolo, nem todos seguem essa ordem. Às vezes, você vai e volta nesses estágios.


  1. Negação

“Isso não pode estar acontecendo.”

Mecanismo de defesa do cérebro pra amortecer o choque inicial.

  1. Raiva

“Por que comigo? Por que agora? Por que assim?”

A raiva é a forma que a psique encontra pra dar sentido à perda, mesmo que sem respostas.

  1. Barganha

“Se eu fizer tudo certo, será que eu consigo reverter isso?”

Faz parte da ilusão de controle diante da dor.

  1. Depressão

“Eu não vejo saída. Não vejo mais sentido.”

Aqui vem a dor crua, a tristeza profunda, a consciência da ausência.

  1. Aceitação

“Eu não posso mudar o que aconteceu, mas posso aprender a seguir vivendo com isso.”

Aceitar não é esquecer. É incluir a perda na sua história.


Fonte: Kübler-Ross, E. (1997). Sobre a Morte e o Morrer.


O que a psicologia brasileira diz sobre luto?

Maria Helena Franco, especialista em luto no Brasil, fala que o luto é uma experiência singular e não cabe comparação.

Tânia da Silva, psicóloga clínica, reforça que luto não tem prazo, e tentar apressá-lo só cria mais sofrimento.

“A dor precisa ser acolhida, não apressada.”

Maria Helena Franco



“A vida não volta a ser como antes. Mas, aos poucos, você aprende a rir de novo. Até sem perceber.”

Priscila Stacul


Como cuidar de si durante o luto?

  • Permita-se sentir, sem se apressar.

  • Não tente ser “forte” o tempo todo.

  • Fale sobre o que sente com quem te acolhe, não com quem manda você superar logo.

  • Respeite seus limites físicos e emocionais.

  • Busque ajuda profissional se perceber que está paralisado(a) no sofrimento.


Psicoterapia: um espaço onde o luto não precisa ser vivido sozinho(a)

A terapia não tira a dor. Mas te ajuda a dar nome a ela, a organizar o caos interno e a entender que sofrer não é fraqueza — é só humano.



Quando o luto pesa, você não precisa carregar isso sozinho(a). Quando quiser, eu estou aqui pra ajudar.



  • Kübler-Ross, E. (1997). Sobre a Morte e o Morrer.

  • Franco, M. H. P. (2018). Luto: Estudos sobre a perda na contemporaneidade. Summus.

  • Silva, T. (2022). Luto e Recomeço: Como se reconstruir após perdas. Editora Labrador.


 
 
 

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