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Por que você sente que está sempre atrasado — mesmo quando não tem nada pra fazer? Ansiedade?

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Você acorda, abre o olho, pega o celular e... pronto. Em menos de dois minutos, já está com a sensação de que tem algo atrasado, pendente, urgente. Mas você nem sabe o que é. Aliás, talvez nem exista.

Se você sente que está sempre correndo — mesmo quando está parado —, você não está sozinho(a). Esse é um fenômeno cada vez mais comum, especialmente entre adultos brasileiros nos últimos anos. E ele tem explicação neuropsicológica, emocional e até cultural.


Ansiedade não é só “preocupação”

Ao contrário do que muita gente pensa, ansiedade não é só “pensar demais” ou “se preocupar por antecipação”. Na verdade, ela envolve uma resposta fisiológica real: o corpo entra em estado de alerta, como se um leão estivesse à espreita.

Na prática, o cérebro aciona o eixo HPA (hipotálamo–pituitária–adrenal), que libera cortisol e adrenalina. Isso aumenta o batimento cardíaco, o foco nos estímulos externos e a tensão muscular. Tudo isso é ótimo... se você estiver fugindo de um incêndio. Mas não tão útil se só está tentando escolher qual e-mail responder primeiro.


A mente no futuro, o corpo em alerta

A ansiedade cria uma ilusão de urgência. Você sente que algo precisa ser resolvido agora — mesmo que não haja nada tão crítico assim. Essa “urgência emocional” muitas vezes esconde outras coisas: medo de falhar, de ser julgado, de decepcionar. Ou simplesmente um vazio existencial disfarçado de produtividade.

E o mais interessante? Isso tudo pode virar hábito neural. O cérebro, por ser plástico, começa a repetir esse padrão automaticamente. Resultado: estamos sempre prontos para reagir, mas raramente conseguimos pausar para sentir.


O “modo corre” crônico

Talvez você se identifique com frases como:

  • “Eu tô cansado(a) até quando acordo.”

  • “Tenho que fazer mil coisas, mas não sei por onde começar... então não faço nada.”

  • “Sinto culpa até quando descanso.”

Esses pensamentos são sintomas de uma ansiedade que deixou de ser funcional. E infelizmente, isso tem se tornado comum no Brasil, país que lidera o ranking mundial de pessoas ansiosas (segundo dados da OMS). Não é drama — é dado.


Uma prática para começar agora

Vamos experimentar algo rápido?

Feche os olhos por 30 segundos (de verdade, vai lá).Respire fundo.Agora, pergunte-se:


"Essa urgência é real... ou é uma distração de algo mais profundo que estou evitando sentir?"


Às vezes, estamos ocupados demais porque temos medo do que o silêncio vai mostrar.


Psicoterapia: um espaço onde o tempo desacelera

Você não precisa enfrentar esse “modo corre” sozinho(a). Na psicoterapia, a gente cria um espaço seguro pra entender de onde vem essa urgência e como regular seu sistema nervoso, sem precisar viver em estado de alerta o tempo todo.

Porque sim: é possível viver com mais leveza, mais presença e menos cobrança.


Se esse texto fez sentido pra você, talvez seja o momento certo pra começar essa conversa de verdade. Quando quiser, estou por aqui.

 
 
 

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